Astrofotografia para iniciantes e astrofotógrafos brasileiros famosos.
Não é novidade que nós amamos as astrofotografias!
Elas traduzem o universo de uma forma mágica, sendo verdadeiras obras de arte.
Há quem deseje ingressar nesse campo da fotografia, mas o considera muito complexo e reservado aos profissionais.
Contudo, é possível, sim! Com alguns equipamentos e muito empenho, você consegue ótimas fotos. Para um dia, quem sabe, se igualar aos maiores astrofotógrafos brasileiros.
Por isso, trouxemos neste artigo dicas de profissionais da área que irão lhe guiar para obter os primeiros registros do nosso céu.
Além disso, indicamos alguns perfis relevantes para você acompanhar e pegar mais dicas!
Então, se prepare para embarcar nessa jornada rumo às estrelas!
Astrofotografias para iniciantes: cuidado com os fatores ambientais
Tirar boas astrofotografias não é exclusivamente uma questão técnica. É necessário muita paciência e o planejamento correto para que tudo saia da melhor maneira e você não se frustre com os resultados.
Dessa forma, alguns fatores ambientais influenciam diretamente na composição da imagem:
1. Poluição luminosa
Provavelmente, você já ouviu falar que as grandes cidades têm muita poluição luminosa.
Ou seja, a iluminação artificial, das ruas, empresas e casas, provoca uma grande exposição geral, iluminando a noite e dificultando a visualização das estrelas, por exemplo.
Portanto, o ideal é se afastar o quanto puder dos centros urbanos ou procurar por locais onde a escuridão predomina.
Vale programar aquela viagem para observar as estrelas e entrar em contato com a natureza. Para isso, selecionamos os 14 lugares mais perfeitos no Brasil para olhar para o céu e se encantar com o que vê. Confira!
2. Clima e localização
Outro fator importantíssimo é o clima!
Quanto mais “limpo” o céu estiver e o tempo mais seco, melhor para identificar os astros.
Tanto o tempo úmido, quanto menores altitudes (por conta do ar pouco rarefeito) contribuem para a formação de nuvens, coisa que ninguém quer, né?
Por isso, acompanhe a meteorologia e se possível, prefira o inverno para iniciar o seu projeto de astrofotografias.
Em relação à localização, os aplicativos de astronomia podem ser ótimos guias, ajudando a precisar o melhor posicionamento dos objetos que você pretende captar.
3. O movimento dos astros
Ainda, é preciso considerar que estamos na Terra e os objetos a serem capturados, obviamente…não. rs
Por isso, levando em consideração que nosso planeta girando a 3600 km/h no movimento de rotação e faz a volta no sistema solar a cerca de 240.000 km/h… Você não espera que as estrelas estejam completamente paradas esperando sua captura, correto?
No final das contas, os astros também tem sua própria velocidade, e essa diferenciação é o que faz com que, muitas vezes, as fotos fiquem borradas.
Levando isso em consideração, é preciso estabilizar ao máximo a sua câmera. Bem como usar técnicas que permitam fotografar as estrelas de forma que o resultado seja conforme o esperado!
Os tipos de astrofotografias
Em seguida, confira a classificação dos tipos de fotografia:
Deep Space: fotografias com auxílio de telescópios, que captam objetos mais profundos como galáxias e nebulosas;
Campo amplo: uso de lentes de grande angular, retratando o céu noturno em meio às paisagens;
Time-lapse: diversas exposições ao longo de bastante tempo, para sobrepor quadros ou criar vídeos que mostram o movimento dos objetos ao longo das horas;
Sistema solar: captura da Lua e dos planetas do sistema solar, usando telescópios ou super teleobjetivas;
Fotografar as estrelas: como tirar boas fotos do céu noturno?
A primeira astrofotografia registrada foi da Lua, em 1840. Desde então, os equipamentos se tornaram absurdamente mais modernos e as informações sobre posicionamento dos corpos celestes, por exemplo, acessíveis e precisas.
Seja como for, não é preciso gastar uma fortuna com ferramentas inicialmente, se você deseja fotografar por hobby ou realmente é um astrofotógrafo iniciante.
Algumas dicas e materiais podem executar um bom trabalho, criando efeitos bastante satisfatórios.
Além disso, não se esqueça de que as condições de luminosidade serão limitadas, dificultando a captação de imagens. Desse modo, será preciso contar com técnicas que ajudem a reconhecer cada detalhe.
Descubra o que é necessário para ingressar nesse ramo da fotografia:
1. Tenha um bom tripé
Conforme dissemos, é necessário que a câmera esteja completamente imóvel para gerar boas fotos.
Isso só é possível através de um tripé, que garantirá estabilidade, principalmente durante exposições mais longas, que falaremos a seguir.
Portanto, prefira os de alumínio (que são mais leves) e do modelo “ball head”, de formato arredondado.
Outro ponto a ser levado em consideração é a forma de disparo: quando pressionamos o botão da máquina, é inevitável que haja trepidação. Por isso, selecione o temporizador para iniciar o trabalho ou use um bastão de disparo.
2. Não esqueça da lâmpada de cabeça
Se você considerar que deverá ficar em um local totalmente escuro, a lâmpada de cabeça deixa de causar estranheza e passa a ser um item indispensável.
Afinal, ela ajudará a localizar os instrumentos e a se guiar pelo caminho, evitando acidentes ou perda de tempo.
3. Ajuste o ISO
Em situações de escuridão, a câmera deve capturar o máximo de luz que conseguir.
O sensor do ISO colabora para isso, sendo que quanto maior for o indicador, melhor para fotografar o céu escuro.
Todavia, elevar o ISO também pode fazer com que a foto fique granulada, principalmente nas câmeras mais simples. Então é preciso avaliar e ir ajustando, fazendo testes.
A recomendação base é começar com o ISO em 1600 nas câmeras de entrada e, se for uma câmera full frame, permitir-se iniciar com 3200. Assim, procure pelos valores ideais para o seu caso e cenário.
4. Abra o diafragma
O diafragma também auxilia na captação da luz e funciona mais ou menos como a nossa pupila!
Quanto maior for a abertura, maior a captação de luminosidade, sendo assim, opte pela maior abertura da sua lente, que pode ser f/2.8 ou f/4, por exemplo.
5. Controle a velocidade
Como dissemos, o ajuste de velocidade também é bastante importante, pois ele contribuirá para o equilíbrio da velocidade entre você e os astros.
Caso queira aquele efeito de estrelas “dançando” no céu, você pode optar pela menor velocidade que a câmera tiver.
Porém, se deseja aquelas belas e precisas imagens da paisagem estática, você pode contar com a regra dos 500.
O astrofotógrafo Marcello Cavalcanti explica perfeitamente essa questão e ainda coloca uma tabela super utilitária para você se basear (caso sua câmera seja inicial, com sensor APS-C):
Em resumo, essa é uma regra matemática que leva em conta a distância focal das lentes e calcula o tempo necessário para tirar boas astrofotografias.
Primeiramente, você deve selecionar o menor índice de distância da sua câmera. Ou seja: se ela é uma 17-40mm você selecionará o 17mm, 11mm na 11-16mm e assim por diante. O objetivo de conseguir o máximo de detalhamento e “proximidade”.
A conta para encontrar a velocidade ideal deve ser:
500 / distância focal = t
Assim,
500 / 17mm = t
500/17 = 29 segundos
Esse seria o tempo de ajuste de velocidade para que você tenha sua imagem, sem borrar as estrelas. Legal, né?
Se a sua câmera for de um dos modelos descritos acima, inicial ou intermediária, basta conferir na tabela e multiplicar a distância focal por ela:
500 / (Distancia focal x 1,6) = t
Astrofotógrafos Brasileiros
Como forma de inspiração, também trazemos alguns astrofotógrafos brasileiros que se destacam por aqui e ao redor do planeta com suas imagens de tirar o fôlego.
Na verdade, alguns deles até mesmo dão cursos de astrofotografia e diversas dicas em seus perfis. Dessa forma, aproveite para obter mais conhecimento:
1. Victor Lima
O trabalho incrível do Victor Lima já foi reconhecido por mais de uma vez pela National Geographic. Recentemente, se destacou pela premiação de sua fotografia nas Cataratas do Iguaçu.
Ele afirmou ter planejado a captura durante 2 anos, sendo que todo o preparo e coleta durou 12 horas para atingir esse belo resultado!
Outro fotógrafo reconhecido é o Fairbairn, que teve uma de suas fotos (da constelação do Cruzeiro do Sul) divulgada no Astronomy Picture of the Day (Apod), da NASA.
Ele inclusive deu uma palestra no Ted Talks, falando sobre astrofografias:
Material gratuito para download que exibe mais de 70 astrofotografias de pessoas de várias regiões do país. Ali, você encontrará imagens que eles tiraram com seus equipamentos, retratando pulsares, cometas, supernovas e galáxias, entre outros!
Uma bela fonte de inspiração para você começar seus cliques, hein?
Como estava o céu? Registros únicos, presentes personalizados!
Nós do Mapa do Meu Céu, encontramos as mesmas belezas no céu noturno que esses incríveis astrofotógrafos.
Em resumo, foi por admirar a imensidão e perfeição do cosmo que investimos em tecnologia e ciência para eternizar, da nossa maneira, o universo.
Com base em dados confiáveis dos maiores catálogos mundiais, nós criamos presentes criativos e itens personalizados, que retratam como estava o céu em um dia especial para você e ou alguém que lhe é querido!
Assim, o Mapa das Estrelas é um quadro personalizado que mostra a posição das estrelas, Via Láctea e demais elementos que escolher, ainda customizado com frases e formatos que desejar.
Já o Pingente das Estrelas, retrata as principais estrelas de uma data, sendo uma joia personalizada em prata 925.
Se você ama observar o céu, como nós amamos, esses itens são indispensáveis, né?
Crie o seu preferido!
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